16 setembro 2014

Cópia autenticada



De um tempo pra cá Kauê começou a falar obrigado.

- Se ele pede "augúa", eu dou o copo de água e recebo um "bigadu";
- Se ele pede "nana", eu dou a banana e recebo um "bigadu";
- Se ele pede "none", eu dou o danone e recebo um "bigadu" junto com um sorriso danado.

Eu demorei para perceber que ele respondia obrigado quando eu dava as coisas para ele. Até porque no começo ele falava com uma outra fonética, que não dava nem para imaginar que seria um "obrigado".

Agora quando eu entrego as coisas para ele, fico esperando ele responder o seu "obrigado" cheia de orgulho, encantada, boba e querendo mostrar para todo mundo (confesso que nessas horas ele não fala, tanto que tentei diversas vezes filmar quando eu dava algo a ele e adivinha? ele não falou).

Aí me caiu a ficha que eu nunca havia parado ele na minha frente, olho no olho, para ensinar a ele a falar a palavra obrigado, ou muito menos para que ele usasse esta palavra toda vez que alguém fizesse uma gentileza a ele, e ainda por cima muito menos ele responder no masculino, obrigado ao invés de obrigada (já que eu fico a maior parte do tempo com ele e falo obrigada).

Como ele aprendeu?
No dia-a-dia em situações corriqueiras.
Então eu só tenho uma coisa a responder: EXEMPLO. 

Como já dizia a minha vó Pina: exemplo vem de casa, sábia como ela só tem toda a razão. Nós somos exemplos para o nossos filhos e não nos deparamos que já ensinamos sem querer ensinar.

A educação e os princípios na maioria das vezes a gente nem percebe que esta dando. Eles são uma máquina de xerox nossa. Pensei em a partir deste post ficar mais atenta nas coisas que falo e faço, mais quer saber? Tenho orgulho da minha educação e da educação do meu marido, as que foram moldadas pelos nossos pais e não vou ficar preocupada e nem pisando em ovos do que posso ou não fazer para que ele tenha uma boa educação conforme nossos princípios.

Eu quero mesmo que ele seja uma cópia nossa, mais autenticada viu?

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