Ultrasom e o primeiro contato visual

Marquei o primeiro ultrasom, o primeiro contato visual entre nós e nosso segundo filho (na verdade já tinha feito ultrasom no consultório médico, mais estava bem no começo - 5 semanas - e não deu para ver nada, só o batimento cardíaco e uma bolsa que parecia estar vazia). 

Já no laboratório e uma das próximas a ser atendida acabou a energia elétrica e o local não possui gerador para realizar o exame, aguardamos um tempo para saber se iria voltar a energia ou qual outro precedimento teríamos que ter.

Foi quando apareceu um médico para informar que não seria possível realizar o exame e que teríamos que remarcar para um outro dia. Mais para a minha surpresa o médico era o mesmo que fez o pré-natal de ultrasom do Kauê, há praticamente dois anos atrás em outro laboratório. Ele me olhou e me reconheceu, remarcou o ultrasom para a próxima semana para ser consultado por ele.

No dia remarcado fui toda feliz da vida em fazer o ultrasom do mais novo membro da família com um médico conhecido e muito bom no que faz. Deitei na cama e sentado ao meu lado o Daniel com Kauê no colo. O médico interagiu bastante com Kauê e quando ouvimos o coração do bebê ficamos todos em silêncio só escutando uns dos melhores som de se escutar do mundo inteiro, o médico explicava o que estava verificando e nós ligado na tv como se fosse o melhor canal de entretenimento.

Estávamos todos em uma sintonia e tão à vontade naquela sala que foi tão mágico, tão lindo e tão emocionante. A minha mais nova família estava ali: eu, Daniel, Kauê e um bebê sendo gerado. O contato visual se torna mais real do que já é, até mesmo para mim com meu corpo tão ligado ao dele.

Estava tudo bem com o bebê, e um alivio de saber que esta tudo em ordem. Mais ainda precisava ser entregue para a minha médica obstetra.

Alguns dados do ultrasom:

9 semanas e 3 dias (2 meses de gestação);

Freqüência cardíaca de 167 bmp;

Comprimento crânio-caudal de 26 mm.

Levei os exames de sangue, ginecológicos e o ultrasom para a minha querida obstetra, a mesma que fez o parto do Kauê.

Alguns dados da consulta médica:

11 semanas (2 meses de gestação);

Me entregou o cartão pré-natal que até o fim da gravidez vai colocar os resultados de todos os exames realizados e alterações relevantes;

Escutamos o coração do bebê: 172 bpm;

Pesamos: 66,0 - engordei 500 gramas;

Medimos a pressão: 12/8;

Me deu a guia para fazer o ultrasom morfológico do primeiro trimestre;

Me receitou após o 3º mês de gestação suplementos de vitaminas e cálcio.

No doppler realizado foi detectado que nas duas artérias uterinas estão com incisura, isso aumenta a chance de eu ter hipertensão na gravidez, por enquanto não é nada sério, mais teremos que acompanhar e tomar remédio até o fim da gravidez. Confesso que fiquei receosa, preocupada e atenta. Agora é muita calma e seguir em frente.

Só para deixar registrado um fato curioso:

Quando comuniquei que estava grávida, várias pessoas já me perguntaram o que eu achava que era, se menina ou menino e o que eu preferia. 

Preferência eu juro de pé junto que não tenho, penso que se for menino vai brincar de bola com o Kauê alem de não precisar comprar roupa, já que vai herdar tudo do irmão mais velho e tenho a sensação que será mais fácil de cuidar por já ter um menino. Se for menina kauê vai aprender a brincar de bonecas e panelinhas e também vai herdar roupas do mais velho, mais lógico vamos comprar roupinhas mais delicadas, agora para cuidar a gente aprende como aprendi a cuidar de menino, então também dou conta de cuidar de menina.

Quanto ao sexo do bebê no meu interior e pura intuição, acreditava que era uma menina até fazer este ultrasom, no primeiro contato visual mudei de ideia na hora e agora acredito que seja um menino. vamos esperar até o próximo ultrasom que será o morfológico na 14º semana de gestação (3 meses), quem sabe dá para ver algo.

Carinho no irmão(ã).