17 abril 2014

A rotina de vacina

manhenoblog

Na semana que tem vacina eu já fico sofrendo por antecipação. Para mim são os piores dias da maternidade. Até começar a escrever este post, não tinha reparado que em dia de vacina sempre, mais sempre mesmo, fazemos as mesmas ações, tipo uma “rotina de vacina” mais não por ser combinado é tipo osmose, cada um sabe o que tem que ser feito e pronto.

No café da manhã, nos preparativos e no caminho dentro do carro tudo fica num absoluto silêncio – as vezes quebrado pelo kauê – cada um no seu mundinho, como se estivéssemos concentrado para uma grande partida de futebol.
Quando estacionamos o carro (Sempre no mesmo lugar, não por querer, mais porque sempre só tem aquela vaga. É o mundo já conspirando para a “rotina de vacina”) o Daniel pega o Kauê no colo e fica com ele até os procedimentos de atualização da carteira e preparação das agulhas das vacinas, ai eu sento na cadeira para segurar o kauê. Sim! Eu que seguro ele, e neste momento me sinto a melhor mãe do mundo, porque eu supero um dos meus maiores medos.
Se me perguntarem o tamanho da agulha eu não saberei responder, não olho, nunca olhei, nem quando é para tirar o meu sangue. Fico concentrada nele, porque sei que ele vai sentir dor. Aconchego ele no meu colo como se fosse dar o peito para ele, seguro a mão a perna e tento ficar calma, nesta hora eu tento deixa-lo protegido para ele saber que eu estou ali. Na hora da picada ele chora, arregala o olho e sai à procura dos meus olhos como dizendo: “eu estou sofrendo, me ajuda, me tira daqui”. Nesta hora meu olho se enche de lágrima e faço um esforço danado para não chorar junto com ele.
Quando termina eu já dou o Kauê para o Daniel que o conforta e mostra que estamos ali, os dois, na alegria e na tristeza, em qualquer hora e lugar e que estaremos ali do lado dele sempre que ele precisar. Ele logo para de chorar e fica quietinho no carro, e nós quebramos a barreira do silencio e começamos a conversar até chegarmos em casa.
Em torno dos dois dias seguintes ficamos apreensivos nas reações que a vacina SEMPRE dá. Esta foi a vacina de 1ano e 3meses, ele levou 3 picadas, duas na coxa esquerda e uma na coxa direita, além de duas gotinhas na boca.
A perna ficou bem inchada e ele chorava de dor, cortava meu coração quando eu o via andar nas pontas do pé para amenizar a dor. Desta vez não deu febre, mais ele ficou bem manhoso.
Além de atenção total e muuuito carinho, fiz compressas com água gelada para melhorar o inchaço e a dor. Ele dormiu na nossa cama, toda vez que eu acordava via ele no sovaco do meu marido, não saia desta posição, não tirei foto porque eu fiquei com medo dele acordar e ficar sentindo dor, mais ficou registrado em minha mente aquela cena linda.
Depois de 3 dias ele já estava bem melhor correndo pra lá e pra cá. Sei que é um sofrimento para ele e para nós, mais é um mal necessário e é para o bem dele. A próxima vacina agora é só daqui três anos e espero que o tempo não passe tão rápido.

14 abril 2014

O que é ser avó?


manhe no blog

 
Li em um livro que ser avó independe de nossa vontade e é a mais pura verdade, pois há anos eu queria ser avó e hoje eu sou avó de uma pérola e desse príncipe Kauê. Nesses anos de ansiedade em ser avó fiz muitos planos, histórias, brincadeiras enfim várias coisas que faria com eles. Quando chegaram, pensei e agora? Esqueci tudo que planejei e estou aprendendo a brincar e inventar tudo com eles juntos, tudo sai tão espontâneo e natural “pois crianças são assim mesmo”.
O amor... sendo avó acho que nunca amei minhas filhas, pois o amor que sinto por eles é sem limites, sem igual, não cabe dentro do meu peito, ou eu tenho um coração grande ou dois... rs
O Kauê esse menino que veio meio que correndo contra o tempo, já dando susto em todos... Igual a vó, chegando e deixando recados em todos... NOOOSSSAAAA.
Você chegou mais não pudemos te pegar no colo, pois estava na estufa e amarelado...rs. Quanta paciência para suportar te ver de bruços no hospital... snif!
Ser avó para mim é escutar, observar, compreender, se afligir, ter paciência e ter a família reunida em minha casa. Ter a experiência para as respostas desses olhinhos ávidos por perguntas e conhecimento. E quando perguntam fico na dúvida será que respondi certo? rs
Avó também erra.
Não sei se escrevi bem, mas escrevi com o coração.
manhe no blog
 

 

07 abril 2014

Semana do circo


 
Um bom tempo atrás em um blog que sigo, foi perguntado para as mães quais músicas elas colocavam para seus filhos escutarem. Comecei a ler os comentários e anotei todos os nomes de músicas e bandas que eu não conhecia, entre eles tinha um chamado “Carroça de Mamulengos”. O tempo passou e me deparei que nesta semana de comemoração do circo eles iam fazer uma apresentação no Sesc. Rá! Lá fomos nós.
 
O espetáculo se chama “Seja noite ou seja dia Viva o Palhaço Alegria“ e já começa com uma cantoria de músicas bem gostosas que te faz cantarolar junto, em seguida eles distribuem “partes” do palhaço para as crianças segurarem e ao decorrer do espetáculo os pedaços vão se juntando até se transformar em um palhaço enorme, onde se tem um teatro de fantoche no peito do palhaço. O Kauê ficou encarregado de segurar a cabeça, ficou todo feliz e só queria saber de arrancar os olhos.
 
O espetáculo tem bastante interação com a platéia, as crianças entram de tal maneira no mundo da história que chegavam a gritar desesperadas como se fosse ajudar o fantoche “cuidado... saí daí... ele vai te pegar”. Engraçado como as crianças entram no mundo da imaginação e torna aquilo como se fosse verdade absoluta. Eles torciam, gritavam e davam risadas como se fosse realidade.
O kauê ainda não interagiu com o teatro de fantoches, acredito que na idade dele ainda não consegue entender a historia que estava sendo contada, mais ele achava graça do palhação se movimentando e da vibração da platéia, ficava todo concentrado observando tudo em sua volta. No meio da peça as crianças gritaram e ele acabou se assustando, meu marido foi dar uma volta com ele e quando voltaram ele ficava olhando com cara de espantado, mais mesmo assim ainda conseguiu aproveitar e deu até umas risadinhas. 
O Kauê gostou mesmo foi das músicas que cantavam entre uma cena e outra. No fim eles deixaram mudas de plantas no chão e quem quisesse poderia ir lá buscar, nesta hora tivemos que ir atrás do Kauê que foi junto com a “multidão” como se fosse um homem grande. 
Passeio aprovado pela família toda aqui, é um espetáculo muito alegre e contagiante. Agora é ficar esperta para a próxima temporada aqui em são Paulo. 
 
 
Desfilando no palco 
 
Concentrado no colo do pai e da mãe
 
Para quem vai a cabeça? 
 
Kauê tentando arrancar os olhos
 
Palhaço sendo formado
 
na expectativa
 
Palhaço pronto
 
Familia 
Um verdadeiro espetáculo!
 
 
Agarrou no pai com medo, mais logo voltou a aproveitar
 












Alguns dos integrantes da Carroça de Mamulengos

 
.
.
.
Para ficar com vontade de ir, segue um pouquinho de vídeo. 
 

01 abril 2014

Primeira saída noturna sem ele

Manhênoblog

Foi a primeira vez que saímos de noite sem o Kauê. Na verdade foi e não foi. Para quem não sabe, eu e meu marido morávamos na mesma rua antes de nos casar, crescemos juntos, com amigos em comuns, e neste sábado fomos a um churrasco com estes amigos.
O churrasco começava as 20:00hs e neste horário normalmente já estávamos nos preparativos da hora de dormir. A noite estava fria e com garoa forte, como ele ainda estava acordado resolvemos leva-lo, mais tínhamos a certeza que ele não iria aguentar muito.
Tinham poucas pessoas quando chegamos e o kauê já apresentava sinais de sono, ele comeu churrasco andou um pouco pra lá e pra cá, deu seu charme para o pessoal e já veio nas minhas pernas com seu chamego de sono. Ele tomou a mamadeira e já achou um cantinho para dormir no meu colo.
Meu marido o levou já capotado para a minha sogra que mora umas casas abaixo. Ela iria dormir com ele até nossa chegada. Era nossa vez de aproveitar a noite, sem ele, mais perto dele. Deixamos o celular na mesa à vista de tudo e a todos, de prontidão caso ele acordasse e procurasse por nós.
Engraçado como a vida vai seguindo seu caminho, há uns 20 anos atrás, todas aquelas pessoas ainda nem pensava em casar, muito menos em ter filhos (já que éramos adolescentes e outros ainda crianças). Agora neste churrasco tinha de tudo, uns já se casaram, outros já casaram e se separaram, a maioria com filhos e poucos ainda em clima de baladas.
Foi aí que me deparei que na rodinha das mulheres só se falavam em maternidade, ainda mais que tinha uma grávida entre nós e queríamos encher ela de informação. Depois que viramos mães essas conversas acabam sendo o centro dos assuntos, e quer saber? ADORAMOS falar sobre isso.
Chegamos ás 4:00h, ele e a avó estavam dormindo na maior tranquilidade. O Kauê não acordou em nenhum momento depois que chegamos. Minha sogra comentou que ele só resmungou uma vez, mais ela deu a mão e ele voltou a dormir. Às 7:00hs o kauê acordou e foi brincar com os avós na sala, nós voltamos a dormir.
Fiquei aliviada em saber que o Kauê se comportou durante essas horinhas noturnas sem nós. Agora podemos pensar em deixar (de vez em quando) ele com os avós quando quisermos fazer um programinha só nosso, de gente grande, mais com a certeza que sempre iremos a algum momento nos deparar em ficar comentando sobre ele.