14 fevereiro 2016

pari, pirei, tratei e voltei


Já faz muito tempo que não escrevo posts sobre meus pimpolhos, na verdade desde que Valentina nasceu o blog ficou meio parado, sem atualização. Estava sem vontade nenhuma de escrever, e quando começava nunca saia do rascunho. Vou relatar o que aconteceu bem resumidamente.

Moro longe dos meus pais e familiares e no fim da gravidez eu passei praticamente a morar na casa dos meus pais, estava esperando parto normal e morria de medo de como iria fazer com o kauê se precisasse sair correndo. Já com 38 semanas pensei que estava em trabalho de parto e fui ao hospital, lá constataram que eu estava hipertensiva, por ser última semana minha médica e eu optamos pela cesária.

Valentina nasceu perfeita, com saúde e linda, voltamos para nossa casa e no quinto dia após cesária tive "celulite facial" no nariz que provavelmente peguei no hospital quando tive reação da anestesia (meu nariz coçava muito, a enfermeira me deu um paninho com água gelada para amenizar, onde deve ter aberto algum acesso para a bactéria entrar). Queriam me internar para dar medicamentos intravenoso, como estava em puerpério me liberaram para fazer tratamento em casa com injeções. Morro de medo de injeção e ainda por cima não conseguia encontrar nenhum lugar que aplicasse este tipo de injeção, até que Daniel lembrou de uma amiga que aplicava, a "mão de fada" da Kátia :)

Fizemos as malas novamente e fomos para a casa da minha mãe e minha sogra para passar a quarentena da melhor maneira possível.

Logo em seguida e eu ainda em tratamento, meu sogro adoeceu e veio a falecer. Foi um baque, ele era muito querido e muito presente nas nossas vidas. Eu precisava ficar ao lado do meu marido, mesmo com nariz inchado, com cesária e dando de mamar para pequena.

Quando tudo ainda estava num turbilhão de emoção, Kauê teve uma crise de bronquite fortíssima onde tivemos que sair as pressas para o hospital e por lá ficou internado por alguns dias, após a alta continuou com tratamento em casa.

Valentina não tinha nem completado 3 meses de vida, foi quando comecei sentir um calor por todo meu corpo e que me faziam ficar com as bochechas vermelhas e quentes, meu coração disparava do nada como se tivesse corrido quilômetros, tinha dores de cabeças que duravam até três dias, preguiça de tudo e por tudo, muito sono, um mal humor de TPM horrivel e sem paciência nenhuma com meu marido. Todos eles eu associava por ter acabado de parir e não dei muita atenção.

Até que em uma madrugada comecei a passar muito mal, meus braços começaram a ficar dormentes, meu coração disparado, diarreia e um mal estar horrível, medi a pressão e estava altíssima. No pronto socorro fiz exames e nada foi constatado, tomei remédio para baixar a pressão e fui liberada.

Fiquei bem, após uma semana tive os mesmos sintomas e voltei ao hospital, refis exames e nada, fui orientada a passar num cardiologista e psiquiatra.

As sensações só pioravam, chorava muito e junto vinha um desespero, medo, pavor de morrer, pavor de fazer mal ao meus filhos. Queria minha mãe e meu marido sempre por perto. Em nenhum momento queria ficar sozinha.

Fui a Ginecologista, Cardiologista, Clinico Geral e Psiquiatra. Todos eles me diagnosticaram em estado de depressão e/ou crises de ansiedade por tudo que passei no puerpério. Mesmo todos falarem eu não acreditava que as dores "físicas" eram do meu estado emocional, não conseguia controlar minhas crises e pensamentos. 

Nas crises eu chorava, ficava desorientada e sentida dor no corpo inteiro, sempre associava a infarto ou aneurisma ou qualquer outra doença na cabeça mais grave. Em média passava em 30 minutos mais depois ficava com o corpo todo dolorido o dia inteiro.

Meu marido sem saber o que fazer me escutava, contava piadas e saia para andar comigo. Minha mãe foi meu alicerce, como ela já teve/tem depressão sabia tudo o que estava passando, logo confiava nela quando falava que iria melhorar. Meu pai, sempre falava e me acalmava com seus dizeres que estava tudo bem, que eu não tinha nada, alem de ficar perguntando de minuto em minuto: Tudo bem tukinha?. Minha irmã que foi praticamente a mãe da Valentina junto com o sempre disposto noivo. Minha sogra que me ajudou tanto que nem ela imagina, mesmo com a perda de seu marido estava sempre disposta a me ajudar. Meu cunhado Jr que me deu de presente tantas palavras bonitas e confortantes.

Fiz uma bateria de exames, nunca fiz tantos exames em minha vida. Como todos já previam, nada foi constatado, nem quadro hipertensivo estava, tinha picos de hipertensão quando a ansiedade aumentava. Comecei a fazer tratamento com remédio orientada pelo psiquiatra.

Não dava mais para ficar hospedada com minha mãe num quarto para 4 inclusive uma quase recém-nascida, mais também tinha pavor de pensar que iria estar longe, tive uma repulsa pela minha casa, aquela que me acolheu, onde cresci (a casa era de minha vó), noivei, casei e tive filhos.

Foi quando uma tia nos emprestou um apê pertinho da minha mãe, da minha sogra e da minha irmã. Corria para a casa delas toda vez que precisava, e olha, foram muitas vezes. Valeu tia, vou ser grata eternamente :)

Mudamos de casa, de bairro, de casa para apartamento, deixei meus pertences e amigos que conquistei de uma hora para outra. Tivemos uma mudança radical em nossas vidas. Hoje meu marido demora mais para chegar ao trabalho, consequentemente demora mais para chegar em casa. Como ele diz: "Melhor um se sacrificar do que 3".

Estou melhorando a cada dia pois tive ajuda de muitos amigos, familiares e dos meus filhos. Seria muita falta de educação minha em mencionar as pessoas, pois sei que cada um fez o que poderia e o que estava ao seu alcance. Mais pode ter certeza que me impressionei, com ligações e visitas inesperadas em um dos piores momentos de minha vida. Me senti privilegiada por tê-los em minha vida.

Lógico que também tem o meu esforço em melhorar. Eu precisava ficar bem porque meus filhos precisavam que eu ficasse bem.

Obrigada pessoal, vocês são dez. Hoje estou bem graças a vocês e um remedinho... rs.

Vou voltar a escrever no blog, na verdade rever o que esta no rascunho e postar, tem muita coisa guardada, tenho que reler e revisar, logo logo posto tudinho.

29 agosto 2015

3 meses de Valentina


Já faz três meses que nossa pitchuquinha nasceu, e vamos para aquela velha frase e muito atual "como passa rápido". Pois é, parece que foi ontem que estávamos no quarto do hospital esperando o pediatra autorizar a alta para irmos para casa.

Agora a Valentina passa de recém-nascida para bebê. E para não deixar que estes momentos se percam aqui estão as principais características neste terceiro mês de vida:

- Sou bastante sorridente
Principalmente quando acorda ou depois do Tetê.

- Chupo minhas duas mãos ao mesmo tempo
Isso mesmo, ela é gulosa e consegue colocar as duas mãos fechadas na boca, num desespero total. Eu tentei dar chupeta mais ela não aceitou de jeito nenhum. Bom para ela, ruim para mim, que seria tão mais fácil acalmar e pegar no sono. Além de eu achar tão bonitinho bebê com chupeta.

- Comecei a babar
Baba pouco, mais o suficiente para deixar a bochecha e o queixo todo molhado. Algumas vezes cai uma gotinha mais não ao ponto de colocar babador.

- Coloquei brinco, chorei muito e fiquei sentida o dia inteiro, mais fiquei linda
Decidimos que iriamos colocar brinco nela, fato! Então pesquisei e cheguei à conclusão que a melhor hora de se furar era depois de tomar as primeiras vacinas. Pois bem, na semana seguinte da vacina fomos à farmácia, escolhemos o brinco e no primeiro furo a Valentina chorou demais, agarrei ela na tentativa de acalmar, por mim ela ficava com o brinco em uma orelha só quando Daniel falou para não demorar para furar a outra senão íamos sofrer mais, furou a outra e outro choro, agarrei ela novamente com todo remorso do mundo. Na hora me arrependi, se soubesse que ela iria chorar daquele jeito nunca teria colocado os brincos esperaria quando fosse da vontade dela. Mais furei, passou, doeu em mim no pai e nela, agora olho e vejo que ela ficou mais linda ainda com brincos.



- Fico observando meu irmão brincar, ele é meu herói
Kauê não pára, corre pra lá e pra cá, e ela acompanha como se ele estivesse brincando com ela. Às vezes ela solta até gritos de euforia, uma graça. Quando Kauê vê que ela esta dando risada para ele, ele praticamente sobe em cima dela, faz uma voz de bebezinho e enche de beijos. Lindo de se ver, mais nesta hora Valentina fica paralisada esperando o que ele vai fazer.



- Já fiquei 7 dias sem fazer cocô
No terceiro dia já fiquei desesperada, falei com a pediatra e ela mandou esperar até o 7º dia, já que ela só toma leite materno, não estava incomodada e estava soltando gazes. No 7º dia ela fez cocô que foi parar na nuca, lógico que foi direto para o banho. Agora em média a cada 4 dias ela faz cocô.

- Gorfo em todos e em tudo
Ela adora gorfar nas pessoas, principalmente em mim, as vezes o gorfo é tanto que cai no sofá, chão, irmão, o que tiver pela frente.

-Tenho muitas dobrinhas
Gordinha, ela esta uma bolotinha, as coxas dá vontade de morder, morder e morder. Leitinho bom esse meu.

-Usei colírio antiflamatório para limpar meus olhos
Desde que nasceu ela tinha secreção todos os dias e várias vezes por dia nos dois olhos, eu cansava de ficar limpando e ela ficava irritada, aí a pediatra receitou um colírio e já esta bem.

- Adoro os desenhos animados que meu irmão assiste
Se deixar Kauê assiste desenho o dia inteiro, coloco a cadeirinha na frente da televisão para Valentina também ver. Kauê fica em pé no rack, mais para não deixar a Valentina ver ele fica na frente e quando mudo ela de posição ele também muda e fica na frente dela, até que ele se distrai no desenho e desencana de fazer birra para a irmã. 

- Frequento a pracinha
Desde que Kauê era bebê frequentamos a praça diariamente, é a distração do Kauê, minha e agora da Valentina.







16 abril 2015

Curso gestante - Instituto Mãe


Gravidinhas de plantão, o Instituto Mãe esta com um curso super bacana com diversos assuntos sobre maternidade e filhos que todas as mamães e papais precisam saber.

Vai ser um dia bem legal para adquirir e trocar experiências neste mundo tão fantástico que é a maternidade.

Uma das palestrantes é minha amiga da praça onde eu e Kauê frequentamos.

Na época que estava grávida do Kauê não tive uma oportunidade dessa, nem sabia que existia cursos como este. Sabia que existia cursos em hospitais mais imaginei que seria bem básico e acabei não fazendo.

Todos os detalhes e contato estão no site deles: www.institutomae.com

Corre lá que as vagas são limitadas.


14 abril 2015

O documento do Kauê

documento identidade Kauê - Manhê no blog

Depois de muito postergar fui fazer o documento de identidade (RG) do Kauê.

Aqui temos a facilidade do Poupatempo. Agendei uma data e horário pela internet, separei os documentos, tirei foto, coloquei tudo em uma pasta e lá fomos nós! ele, eu e a Valentina na barriga. Pegamos ônibus e metrô, quando chegamos entreguei o protocolo de agendamento, pegamos a senha preferencial e ficamos esperando. 

Tinham 3 senhas antes da nossa e quando faltava uma senha Kauê pediu para ir ao banheiro, perguntei se ele conseguia segurar e ele disse que sim, já que não estava demorando para chamar arrisquei. Nós eramos os próximos quando Kauê pediu para ir ao banheiro novamente já segurando o pipi, como já conheço meu filho sabia que ele não iria conseguir segurar por muito tempo e fui perguntar para atendente se eu não estivesse presente na hora que chamassem minha senha o que poderia ser feito. Ela informou que deveria ir em outro guichê e solicitar uma nova senha.

O banheiro era perto, fui torcendo para não chamar nossa senha. No banheiro tinha uma pessoa na nossa frente que não cedeu sua vaga, mesmo kauê segurando o pipi desesperadamente falando sem parar "xixi, xixi". Quando entramos Kauê queria fazer xixi de pé, para não demorar mais eu cedi e fiquei segurando ele toda torta para não encostar em nada, e eu só pensando na nossa senha.

Fez o xixi e já fui colocando a cueca rapidamente quando ele falou: não mamãe tem mais... E tinha mesmo, mais fez tudo nas calças, meia e tênis. Pensei em deixar ele molhado e trocar depois, mais minha consciência de mãe falou mais alto.

Desencanei com a senha e troquei a roupa dele com mais calma já pensando que teria que esperar por mais tempo a nova senha. Tudo pronto, de roupa limpa e arrumado fomos direto no guichê para pegar outra senha. O atendente falou para correr num guichê que ainda estavam esperando a minha senha, se não desse tempo para voltar lá que daria outra senha.

Sai correndo na medida que Kauê conseguia correr, ou talvez ele corria mais rápido do que eu, que já estou correndo como um pinguim.

Deu tempo, Ufa! Fomos atendidas, entregamos os documentos e tiramos a digital dos dois polegares das mãos, ele achou graça mais ficou bem quietinho, super comportado.

Fomos buscar depois de 5 dias,  e no momento que peguei o documento me deu uma sensação de que estava tudo indo depressa demais. Que ele esta um moço e poderia até procurar emprego com seu novo documento. A sorte que meus pais estavam comigo e já mudamos de conversa e não deu para ficar se lamentando.

Para muita gente é um simples papel, para mim é um marco de evolução.

Alguns benefícios que fizeram eu tirar o RG dele:
- Não era nada prático andar com a certidão de nascimento dele. Agora coloco o RG dele junto com o meu na minha carteira;
- Em alguns países como países do Mercosul não aceitam certidão de nascimento, tem que ter obrigatoriamente documento com foto;
- Entrar no estádio de futebol gratuitamente. Meu marido é fanático pelo Corinthians e vai muito em estádio, Kauê já foi até conhecer alguns mais tivemos que pagar o ingresso dele;
- O primeiro documento é gratuito, sem custos algum a não ser a foto 3x4;
- Maior segurança, se a criança desaparecer é mais fácil de ser encontrada pela impressão digital e dados contidos no arquivo da polícia.

03 março 2015

Ultrasom do 2° trimestre, sexo e o nome escolhido


Estávamos lá novamente na mesma sala e com mesmo médico, porem desta vez quem assistiu ao exame foi minha mãe e meu marido, meu pai ficou lá na sala de espera com o Kauê dormindo nos braços.

Fiz dois exames, o ultrasom morfológico do 2º trimestre e ultrassom do colo uterino. Vimos todos os detalhes do bebê, e todos estavam normais. Ufa! Sempre fico apreensiva com os exames.

Alguns dados do ultrasom:
22 semanas e 3 dias (5 meses de gestação);
Peso estimado de 482g;
Freqüência cardíaca de 144 bmp;
Comprimento calculado pelo comprimento do Fêmur (39mm), então nossa bebê esta com 27,3cm; 
Crânio e esboço da face adequadas;
Tórax, Abdome e coluna vertebral dentro dos parâmetros;
Membros superiores e inferiores proporcionais ao tronco;
Dopplervelocimetrica normais;
Placenta e liquido aminiótico adequado para idade gestacional;
Colo uterino adequado para idade gestacional;
Genitália externa compatível para o sexo FEMININO.

Foi neste exame que tivemos a certeza do sexo do bebê. E foi até gostoso em saber que realmente era uma menina. a partir daí já poderíamos pensar em nomes. Quando terminamos os exames Kauê já estava acordado fazendo a maior bagunça na sala de espera, demos a noticia a ele mais pareceu nem se importar e voltou a brincar, por enquanto que esperávamos o resultado impresso, fomos tomar café e tocamos no assunto novamente mais ele ficou interessado mesmo no leitinho que estava tomando.

Eu tinha uma lista com nomes que gostava, e no topo da lista estava "Aurora". Mais os nomes ainda eram especulações e não tínhamos decidido. Sem falar que os nomes não passaram pelo controle de qualidade do marido.

No café da manhã meu marido falou como se não fosse nada importante, sem pretensão nenhuma o que eu achava do nome "Valentina". Eu logo enchi ele de perguntas: porque este nome? Quem você conhece com este nome? onde escutou? onde viu? quem te falou? porque nunca mencionou este nome? pesquisou em algum lugar?

Ele que percebeu a minha intenção, já me cortou e falou com clareza que não conhecia ninguém com este nome, simplesmente ouviu no rádio e como estávamos procurando por nomes de menina ele tinha gostado deste, se eu achava legal.

Gostei da primeira vez que ele falou antes mesmo do meu questionário, como se já fosse este o nome escolhido.

Eu estava a procura por um nome que não fosse comum, que não fosse composto, que não fosse "americanizado", fácil de se escrever e falar (para que ela nunca precise soletrar), que fosse curto e que combinasse com o nome do Kauê.

VALENTINA não tem todos esses atributos, mais me encantei no primeiro momento que escutei na voz do meu marido. 

PRONTO! Agora o bebê já tem sexo definido e nome. Decidido, será VALENTINA!